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Banco Central facilita devolução de valores a cidadãos e empresas

São recursos oriundos de contas bancárias encerradas com resíduo, parcelas de empréstimos e tarifas cobradas indevidamente, recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados, entre outros.

O Banco Central do Brasil está desenvolvendo uma nova plataforma voltada para facilitar o resgate de créditos de cidadãos e empresas que estejam disponíveis nas entidades supervisionadas pelo BC – bancos e entidades financeiras. O Sistema de Informações de Valores a Receber (SVR) vai permitir que o cidadão efetue pesquisa de possíveis saldos credores de contas encerradas, parcelas de empréstimos e tarifas cobradas indevidamente, recursos não procurados após encerramento de grupos de consórcio, cotas de capital a devolver em cooperativas de crédito, entre outros.

O Banco Central estima que a soma desses créditos abandonados nas instituições chegue a R$ 8 bilhões. Na maioria das vezes, as pessoas sequer sabem que têm valores a receber. Mas, a partir da implantação do sistema, qualquer cidadão poderá fazer a consulta pela internet, o que vai facilitar a descoberta de créditos e o resgate.

O sistema do Banco Central será alimentado com os dados remetidos regularmente pelas instituições. Além dos dados sobre valores a devolver, as instituições deverão enviar informações agregadas sobre os montantes efetivamente devolvidos após a entrada em funcionamento do SVR. Todo o processo será monitorado pelo Banco Central.

O SVR vai possibilitar que o cidadão solicite a restituição de seus créditos, com base nas informações repassadas pelo sistema, e a devida autenticação. “As pessoas naturais e pessoas jurídicas poderão solicitar a devolução desses saldos por meio do Sistema de Valores a Receber, indicando uma chave Pix para crédito em conta de sua titularidade, desde que a instituição que detém o saldo credor tenha firmado termo de adesão com o Banco Central para facilitar a devolução dos valores, mediante autorização do titular”, explica Marcos Brandão, integrante da equipe que desenvolve o projeto Cidadania Digital no Departamento de Atendimento Institucional (Deati).

TIPOS DE CRÉDITO

Os dados do novo sistema englobarão informações relativas a:

I – contas de depósitos em moeda nacional encerradas com saldo disponível;

II – contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível;

III – contas de registro mantidas por sociedades corretoras de títulos e valores

mobiliários, por sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários utilizadas para registro de operações de clientes encerradas com saldo disponível;

IV – tarifas cobradas indevidamente, não devolvidas ou sujeitas à devolução em decorrência de formalização de compromissos com entidades e órgãos reguladores ou de fiscalização e controle;

V – parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, não devolvidas ou sujeitas à devolução em decorrência de formalização de compromissos com entidades e órgãos reguladores ou de fiscalização e controle;

VI – cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito;

VII – recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados;

VIII – outras situações que ensejam valores a devolver reconhecidas pelas instituições.

De responsabilidade exclusiva das instituições remetentes, essas informações deverão ser encaminhadas ao BC a partir de outubro, mensalmente, exceto no caso dos recursos não procurados relativos a grupos de consórcio, cujos dados já são enviados trimestralmente.

Fonte: Banco Central do Brasil