Quem nunca sofreu uma tentativa de golpe cibernético que levante a mão. Essa modalidade criminosa vem crescendo no Brasil, dado o aumento do comércio eletrônico e das transações por meio de aplicativos principalmente após o início da pandemia. Para se ter uma ideia, em 2020 o número de tentativas identificadas de golpe cibernético no país foi de 3,5 milhões, o que significa 53,6% mais que em 2019.
A Clearsale, empresa especializada em soluções antifraude, analisou 106 bilhões de operações realizadas em 2020, de onde detectou as 3,5 milhões de tentativas, e conseguiu dados interessantes. As fraudes de e-commerce acontecem mais durante a semana (especialmente às quartas), das 10 às 20h. Natal, Dia das Mães e Dia dos Pais lideram as datas comemorativas que acumulam maior número de tentativas de fraude.
O GOLPE DO BOLETO
Um dos golpes mais famosos é o do boleto falso. É a falsificação de uma cobrança para que o pagamento seja creditado na conta do vigarista e não da empresa de cobrança. O golpista consegue obter dados dos clientes, falsificam o boleto e enviam a cobrança por e-mail ou WhatsApp.
São vários truques para atrair a vítima. O criminoso pode manipular o código de barras do documento ou criar páginas falsas que oferecem o download da fatura forjada, emitir um de sua conta e mudar os dados do beneficiário. Mas o cliente tem como evitar cair nesse golpe.
DICAS
Em primeiro lugar, certifique-se da origem do boleto. Procure saber se quem está fazendo a cobrança é realmente o responsável, se o e-mail/WhatsApp é o oficial da empresa. Além disso, tenha sempre um bom antivírus instalado no seu equipamento. Observe bem os dados do boleto. Confira se o logotipo do banco impresso é da instituição que emitiu o boleto.
Tem mais algumas dicas. Veja se o beneficiário (quem vai receber o dinheiro) da conta é o credor. E principalmente, antes da confirmação do pagamento, certifique-se de que os dados do pagamento conferem com o do boleto (beneficiário, valor e vencimento) – se for diferente, possivelmente é golpe.
Desconfie de grandes vantagens que lhe são oferecidas. Geralmente o golpista aplica bons descontos para ludibriar a vítima. Erros de português e de formatação também são razões para desconfiar seriamente da veracidade do documento. Por fim, não imprima o boleto se não estiver no formato PDF. Os fraudadores usam vírus para adulterar os boletos quando a vítima pede para imprimir o documento.
Na dúvida, nunca ligue para o telefone que consta no boleto. Pesquise o número da empresa verdadeira na internet e busque outras formas de contato.